Como foi o ano de 2022 para o mercado varejista?

Num contexto de pós-pandemia e questões políticas que deixaram a economia do país e do mundo em frangalhos, é natural que o crescimento do varejo em relação aos anos anteriores ainda tenha sido discreto.

Os últimos dados que comprovam essa constatação saíram na última quinta-feira (08/12), quando foi divulgada a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) feita pelo IBGE.

O levantamento reuniu informações do mês de outubro, que avançou 0,4% em vendas comparado ao mês de setembro.

No acumulado de 2022, crescemos 1,0%, mas quando avaliamos os últimos 12 meses, as vendas aumentaram apenas 0,1%, o que configura o primeiro resultado positivo em 5 meses.

O balanço da Black Friday também não foi nada animador. De acordo com uma pesquisa feita pela página Hora a Hora, da Confi Neotrust em parceria com a ClearSale, o evento, que é um dos mais importantes do ano para o varejo, apresentou uma queda de 28% no faturamento dos e-commerces com relação a 2021.

Pelo menos o varejo físico registrou uma pequena alta de 0,6%, de acordo com o Serasa Experian.

Ainda assim, a conclusão do mercado é indiscutível: foi a pior Black Friday de todas as 12 edições brasileiras até agora.

Alguns culpam a Copa do Mundo e a estreia da seleção contra a Sérvia, já que o jogo aconteceu um dia antes da BF, no dia 24/11.

De qualquer maneira, 2022 não foi um bom ano para as vendas do varejo.

Planejamento é a palavra-chave para 2023

Partindo do princípio de que ainda temos um longo caminho pela frente e consumidores sedentos para voltar a consumir como antes, o planejamento das ações de marketing é a palavra-chave para garantir suas vendas em 2023.

É comum que, com a correria do dia a dia, as pessoas deixem de traçar bons planejamentos anuais.

Isso interfere diretamente na qualidade das ações de venda e, consequentemente, no faturamento, principalmente nas datas mais relevantes.

Portanto, a dica mais importante é se atentar para a antecedência e para o planejamento.

Expectativas do varejo para 2023

De acordo com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), as expectativas do varejo para os próximos meses seguem pessimistas.

O levantamento do IDV indicou uma queda de 1% em novembro com relação ao mesmo mês de 2021, ao passo que a previsão da pesquisa anterior era de uma retração de 0,5%.

Para dezembro e janeiro a expectativa é uma redução ainda maior de vendas: 3,6% no primeiro e 6,4% no segundo, ambos com relação a dezembro de 2021 e janeiro de 2022.

Mais um forte indício de que o planejamento precisa ser feito com cuidado e com atenção, de modo a otimizar recursos de tempo e dinheiro do negócio, e assim minimizar perdas e abrir espaço para projetar algum crescimento palpável no seu empreendimento.

Datas importantes do varejo

As datas mais importantes para o varejo são aquelas que despertam a necessidade de consumo, seja para compra de presentes para entes queridos ou aquisição de serviços e experiências.

As datas mais importantes para quem trabalha com vendas, normalmente, são:

    • Páscoa – entre março e abril;
    • Dia do Consumidor – 15 de março;
    • Dia das Mães – 2º domingo de maio;
    • Dia dos Namorados – 12 de junho;
    • Dia dos Pais – 2º domingo de agosto;
    • Dia do Cliente – 15 de setembro;
    • Dia das Crianças – 12 de outubro;
    • Black Friday – última sexta-feira de novembro;
    • Natal – 25 de dezembro.

É claro que existem outras datas importantes e períodos sazonais, a depender do tipo de negócio e do tipo de serviço que você vende.

Por exemplo, os varejistas supermercadistas, além de trabalharem com as datas citadas, ainda usam o início e o meio do ano a favor da venda de materiais escolares, já que se trata do período de volta às aulas.

Do mesmo modo, é possível gerar suas próprias campanhas sazonais de ações de marketing, como aniversário do seu negócio, mês do consumidor, entre outros.

O segredo para criar essas ações personalizadas está em saber quando o seu negócio vende bem e quando precisa de um empurrãozinho para impulsionar o faturamento.

Por exemplo, depois das festas de fim de ano, muitos produtos ficam encalhados em estoque, então é comum que os varejistas façam grandes queimas de estoque em janeiro e fevereiro, principalmente nas seções de eletrônicos e eletrodomésticos.

Esses dois meses são conhecidos pela chegada de contas importantes a pagar, como IPVA, IPTU, rematrículas escolares e reajustes nas contas básicas (aluguel, água, luz, internet).

Isso significa que os consumidores estão com o orçamento mais apertado, bons descontos podem fomentar uma manutenção das vendas ou até uma pequena alta, dependendo do seu público-alvo.

O segredo é conhecer seu cliente

Quanto mais íntimo do seu cliente você é, melhor vai saber como lidar com ele. Isso serve para o seu planejamento do ano todo.

Quando as pessoas costumam comprar mais? Quais são as necessidades delas ao longo do ano?

A capacidade de responder essas perguntas vai, além de te abrir os olhos para ações personalizadas de marketing, gerar uma otimização bem maior de recursos.

Isso porque, ao conhecer o seu cliente, você vai descobrir que não precisa realizar ações em todas as datas do varejo caso não haja uma necessidade real.

Tendências

De acordo com os especialistas, a tendência segue sendo a compra com o apoio da tecnologia.

Jornadas híbridas entre e-commerce e loja física são cada vez mais uma realidade, ao passo que as vendas pelas redes sociais também vão se tornando mais cotidianas.

Ou seja, fique de olho à digitalização do seu negócio. Esteja onde o seu cliente estará em 2023.

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Carol Balduci

Redatora na Rezz